quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Escuridão apenas!

Quando encontramos o que pensar ou a rendição do  caminhar, não adianta nada virar a esquina e sofrer, o coração dispara quando a chuva cai, o arco íris sempre irá aparecer para brilhar os sentimentos do nublado do céu. Com certeza já sabemos que a terra está suspensa no nada, gritos de socorro vindo da porta, quem será? Faltou luz naquela ocasião - para onde quer que vá, sempre existirá a bússola para te dar o direcionamento ou a direção, sempre haverá alguém que te dará aquilo que você DEU a ela em forma de amor ou paz... não importando muito se é paixão, amor, ódio, opio, loucura insana.

O lugar era sombrio muito além do que podemos imaginar, era cheio de mato seco, folhas caídas no chão, árvores com mais de 150 milhões de anos, o céu estava escuro e naquela ocasião somente a luz do lampião iluminava a mata virgem e sombria, o fecho de luz me direcionava ao nada, eu apenas andava na escuridão sem saber muito bem para onde queria ir. Mas, algo me impulsionava a não desistir, queria me encontrar mesmo não enxergando muita coisa, queria mesmo era sair dali e pular de alegria ao ver o brilho do sol, caminhava rápido e ao mesmo tempo devagar, não respirava muito forte para não acordar os ursos ou até mesmo as onças pintadas que dormiam e cuidavam dos seus filhotes. A respiração estava ofegante e revigorada, uma ponte se avistava de longe, para onde ir? No meio do nada apenas a luz da lua fazia toda sua graça, queria gritar e subir, ou pular e sumir...

No meio dessa euforia total ouvi passos, uma coisa estranha me seguia, não sabia se olhava para trás ou se continuava andando e cantarolando no meio do nada, apenas eu o lampião e o caminho sem luz...Nada a declarar...Senti vontade de subir numa árvore e ver o dia amanhecer, mas o som do silêncio é macabro, é quase inaudível, estrondoso...inconsumível

Quase petrifiquei quando avistei uma casa abandonada no meio do nada, uma pessoa já tinha se suicidado nela, consegui encontrar um colchão, uma televisão quebrada, e alguns alimentos estragados. Não tinha o que fazer a não ser ficar ali até a escuridão passar, deitei a cabeça no travesseiro feito de minha camisa, e fique lá, até onde não mais avistava a imensidão do paraíso, que eu estava a dois passos, bastasse apenas abrir os olhos e ver que tudo não passava de uma visão criativa de uma mente sem lembrança....  

Boa noite a todos!
Thiago Bastos

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