terça-feira, 10 de julho de 2012

Ansiedades...

Os ponteiros acusam: a hora ecoa no infinito. A terra vai girando, girando, girando... As folhinhas do calendário vão mudando a cada momento. Quando voltamos a si, no meio da bagunça que nos rodeia,  parece que estamos no meio de um plano mal feito, com a ansiedade a flor da pele, suspiros, pensamentos inquietantes, saudades... (e uma lista interminável de insatisfação nas mãos). O resultado?  mais ansiedade! E uma aflição no peito que não nos deixa parar...
Queremos ser o melhor. Mais produção = mais dinheiro = + felizes. Errado! ai pensamos que queremos ser mais jovens. Mais conectados. Mais e mais e mais e mais... QUEREMOS SEMPRE UM POUCO MAIS... AINDA FALTA ALGUMA COISA...

A verdade é que não há nada de errado em se aperfeiçoar mesmo que isso não chegue nunca, muito menos em querer ser melhor.  A vontade vira o quê? Ansiedade, quando nos tornamos vítimas da nossa própria pressa e vontade de querer sempre mais... E a ansiedade, essa palavra nos acompanha no nosso cotidiano agora, nas relações interpessoais, no trabalho, na família, na vida... ao invés de melhorar piora, quando melhora é por pouco tempo, esse tempo tem que ser vivido ao máximo, é igual aquela música "eu fico triste........alegreee" se torna um fardo nossas vidas. Estou errado? Creio que não.  

Tudo ficou fast, gostando ou não do termo.  Aquele celular novo? Esqueça! Em questão de minutos, nãooooo em questão de segundos, outro mais novo na loja.  Surgem versões atrás de versões, upgrades infinitos, é tanta informação, tanta novidade, tantos sistemas, tantas cores, tantas opções...aff sabe qual é o resultado? A velha e querida - Ansiedade...

E a gente passa a vida se preocupando com o dia de amanhã, o amanhã já trás suas próprias ansiedades então por que pensamos tanto no amanhã? O hoje nem lembramos, estamos sempre Calculando. Somando. Tentando...CORRENDO! Esquecendo que, no fundo, a vida é um grande clichê e as coisas que REALMENTE fazem diferença são muito simples.

 Não quero levar dessa vida uma lembrança que inclui cara feia, trânsito infernal, briga com o chefe,  buzina alta, palavrão, correria e uma pressa sem sentido. Não, não quero!  Não quero faltar aos meus compromissos, encontros com amigos, não quero esquecer um abraço da mamãe, o sorriso de uma criança, não quero deixar de amar... o tempo? Ele vai passar sim mas, quero levar, como lembranças, todas as coisas simples que eu considero essenciais: amores. Risos. Beijos. Abraços. Alegrias. Realizações. Palavras. CONHECIMENTO! E aquele sentimento de que não vivemos e, sim, desfrutamos a vida. É. Para DESFRUTAR, não existe pressa.




Thiago Bastos

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